sexta-feira, 18 de abril de 2008

Livro "A ARTE DA RESISTÊNCIA"


Para quem tem interesse e quiser saber mais sobre o Ninjutsu pode fazer o download desse livro aqui:
Infelizmente o livro não mais é vendido nas bancas, pois fez parte de uma coletânea sobre artes marciais e ficou por tempo limitado a venda!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Kusari Fundo


Pouco se sabe sobre a origem da corrente de metal; o ferro foi descoberto na China em 2.000 AC, porém somente séculos mais tarde foram usados com maior abundância quando se descobriu como extraí-lo do seu minério e fundi-lo. Possivelmente somente após o século XII a corrente tenha sido exportada para o Japão. A partir daí muitas armas foram criadas por necessidade e outras acidentalmente ou adaptadas com ela. Muitas dessas armas são conhecidas e utilizadas para treino nos dias atuais, enquanto outras se perderam no tempo e não mais foram vistas. Uma
delas, pouco conhecida e treinada em raríssimas escolas marciais é o Kusari Fundo (corrente lastreada), também conhecida como Manrikigusari (corrente com força de 10.000), uma simples corrente (Kusari) de vários comprimentos (normalmente entre 45 cm a 90 cm) e lastreada com um peso (Fundo) em cada extremidade. Pouco se sabe sobre a origem da corrente de elos e, conseqüentemente, dos artefatos que a utilizam. Possivelmente a maioria das armas conhecidas hoje com corrente foram anteriormente usadas com corda em seu lugar.

De acordo com um documento histórico, há um tipo similar ao Kusari Fundo chamado Konpi (Kon significa “ferro” e Pi “voar”) que foi usado como arma na Era da corte de Yoshino (ao redor 1350 d.C.). Existe ainda outra arma que possivelmente tenha sido oriunda da Konpi chamada Konpei, e outras formas foram criadas posteriormente com diversos nomes como o Gekigan ou Tamagusari, Fundogusari, Ryobundo Kusari, Sodegusari, Kusarijutte, Kanamari e inclusive o Manrikigusari e cada qual foi desenvolvido e utilizado de acordo com a arte marcial praticada.
No Kobudô de Okinawa também existe uma variação chamada Surujin (originalmente uma corda ou corrente mais longa que o Kusari Fundo lastreada em uma extremidade com um peso e na outra, com algum tipo de empunhadura, lâmina ou espeto) Essas armas são classificadas como Kakushi Buki Jutsu (arte das armas marciais secretas).
Poucos dados e informações contundentes sobre essa obscura arma foram encontrados, e quando algum fato é descrito em documentos e preservado até os nossos dias, acaba sendo naturalmente o tutor da origem dessa arma.
É o caso do Manrikigusari da Masaki Ryû (única escola remanescente especializada nessa arma). Outras escolas incluíram seu uso no currículo como é o caso da Hoen Ryû Taijutsu, Shuchin Ryû, Kyoshin Meichi Ryû Kenjutsu/Iaijutsu, Toda Ryû Kenjutsu, Shindo Ryû Jujutsu, Hikida Ryû Kenjutsu e Togakure Ryû Ninjutsu, Gyokushin Ryû Ninjutsu hoje encabeçada pelo Sôke (sucessor) Dr. Masaaki Hatsumi.

Há relatos que o idealizador dessa arma foi um Samurai da época, habilidoso espadachim com licenças de Naginatajutsu (Alabarda) de Seni Ryû e Kotoda Itto Ryû Bujutsu chamado Dannoshin (Tarodayu) Toshimitsu Masaki, nomeado sentinela chefe para a proteção do portão principal (Otemon) do Castelo de Edo (Tokyo). Eram responsabilidades de Masaki e seus discípulos, vigiar contra a intrusão de bandidos e outros inimigos. Masaki percebeu que se houvesse uma tentativa
de invasão ao portão, certamente resultaria em derramamento de sangue desnecessário.
As convicções de Masaki ditaram que tais batalhas sangrentas não deveriam acontecer, pois mancharia de sangue um importante e famoso portão considerado um local sagrado, contudo, o portão do castelo deveria ser defendido a todo custo. Com isso Masaki, durante algum tempo, estudou que tipo de arma seria mais apropriado. Por razões desconhecidas ele decidiu que o uso de uma corrente seria de alguma forma muito satisfatório, não só para defender contra inimigos desarmados, mas também armados. Assim ocorreu o nascimento do Manrikigusari.

Masaki então ensinou as técnicas de corrente aos seus discípulos e estudantes de espada, e fundou o Masaki Ryû. Em pouco tempo essa arma tornou-se proeminente em todo Japão. Pessoas surgiram de todos os cantos do país para conhecer e aprender as técnicas e segredos do Manrikigusari. É relatado que antes de Masaki apresentar ou ensinar suas técnicas de Manrikigusari a qualquer interessado, sempre instruía o adepto que o Manrikigusari não era para ser aplicado desnecessariamente e que só deveria ser utilizado com retidão. Masaki advertiu que a pessoa que o utilizasse para o mal, se destruiria física e espiritualmente. É dito que Masaki se curvava em forma de respeito ao apresentar o Manrikigusari, e com uma oração buscava transmitir um espírito bom nisto antes de apresentá-lo a alguém. Em seguida foi adotada a arte de Manrikigusari aos Samurais da Sede de Ogaki (Cidade de Ogaki, prefeitura de Gifu).

Hoje a Masaki Ryû é encabeçada pelo 10º Sôke (sucessor), Yumio Nawa que recebeu a tradição de seu avô 9ª Sôke Nawa Toyotoshi (um samurai do domínio de Mino-Ogaki encarregado da segurança regional) que introduziu uma arte complementar, chamada Edomachikata Jutte Torinawa Atsukaiyou (arte do porrete bifurcado e corda para aprisionar) no programa de Masaki Ryû. Em Tokyo Sensei Nawa transmite a arte a um número pequeno de alunos; é um prolífico escritor e consultor da cultura do período dos guerreiros japoneses. Além do Manrikigusari, Sensei Nawa também e conhecedor de Kusarigama (Foice com corrente) Jutte e Torinawa. É sabido que os Ninja praticaram um método aparente ao Kusari Fundo, o Shinobi Tenugui No Jutsu (técnicas de Ninjutsu de empregar uma toalha curta como uma arma) embrulhando uma pedra no fim ou no centro da toalha e carregavam esta arma ao redor de sua cintura ou escondendo-a dentro de sua roupa, como também a arte de usar o Sageo (corda de segurança da bainha “Saya” da espada) atado a alguma arma ou objeto.

Um golpe com um Kusari Fundo é devastador, a força gerada no giro dessa corrente lastreada é realmente impressionante e fatal. Por isso hoje ao treinar em um Dôjô (sala de treino) devem ser usadas Kusarigeiko (arma de treino), uma corda com nós nas extremidades ou Obi (faixa). Isto nos faz alcançar segurança e habilidade para usar objetos triviais como arma para autoproteção

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Reportagem do Jornal Metrópole


Ninjutsu: luta milenar oriental para guerreiros do século XXI

Publicado em: 26/01/2008

Hoje consideradas modalidades esportivas, as artes marciais surgiram devido à necessidade que os guerreiros tinham de se defender em batalhas e brigas, quando ainda não havia lei ou justiça nos países orientais. Esse principal objetivo das artes marciais foi esquecido com o passar do tempo e essas lutas transformaram-se em técnicas que buscam aperfeiçoar o físico e o espírito, além de visar também a competição.
Para o professor Roberto Alves, o único da modalidade na Baixada Santista, o Ninjutsu é a única que ainda preserva a essência das artes marciais, que tinham como base a garantia da sobrevivência. “Aqui os alunos aprendem a se defender. Não ensinamos ninguém a sair por aí aplicando golpes ou batendo, apenas mostramos como se garantir numa situação onde há risco de morte”.
Diferentemente de outras modalidades, para praticar o Ninjutsu o aluno precisa antes passar por uma entrevista. “É necessário fazer uma classificação, porque ensino técnicas que podem ser usadas de maneira errada por pessoas de má índole. Aqui ninguém participa de competição, porque se o objetivo da arte é sobreviver, não existe competição”. Uma das primeiras lições que os alunos aprendem é: não reagir nunca por algo material. “Apenas se sua vida ou a vida de alguém estiver em risco, você deve usar a arte marcial”.
O Ninjutsu busca, na verdade, uma liberdade total, ou seja, manter a mente e o corpo abertos. “É uma arte marcial que não tem forma, porque você não sabe o que vai acontecer numa situação de perigo. O praticante tem que reeducar o corpo e organizá-lo, para conquistar a liberdade de movimentos”.

Benefícios

Além das técnicas de sobrevivência, quem pratica o ninjutsu conquista, também, uma série de benefícios físicos e mentais. Isso ocorre porque a arte marcial busca “alcançar a iluminação”, ou seja, ver a vida de forma simples. “Os praticantes aprendem a ver qualquer situação como algo que se pode resolver. Dessa forma, conquistam a autoconfiança e tornam-se pessoas melhores”.Ao participar das aulas, os alunos também têm uma melhora na postura, coordenação motora e equilíbrio. Pessoas que sofrem de ansiedade, estresse e depressão também encontrarão ajuda praticando o ninjutsu. “Aqui a pessoa começa a se sociabilizar, a ser mais forte e a encarar os medos, pois adquire confiança. Ela aprende a lidar com a força e com a dor, que fazem parte do nosso dia-a-dia”.
TécnicaNas aulas, além dos golpes os alunos aprendem também a utilizar algumas armas como bastões, espadas e correntes. “Trabalhamos a técnica, a utilização das armas e a parte didática”.Interessados em participar das aulas devem procurar a academia FIT Santos, à Rua Padre Anchieta, 187, Macuco, Santos, telefone 3234-2376. Informações sobre o Ninjutsu pelo site http://www.uwbk@uwbk.com.br/

Amanda Barbieri
Matéria publicada na edição 138 do jornal Metrópole

sábado, 20 de outubro de 2007

A ciência do Taijutsu moderno


O Taijutsu é subdividido em várias seções. Uma delas, exclusiva do Ninjutsu (a arte Ninja) é chamada Taihenjutsu (a arte de movimentar o corpo), na qual são treinados rolamentos, saltos, esquivas, posturas, formas de caminhar, e outros.
Culturalmente, a prática marcial tradicional, ainda hoje, é vista como rígida e metódica. No passado, o treino marcial era ainda mais rígido, sendo que o mestre ensinava e o aluno repetia, sem jamais questionar qualquer exercício ou técnica.
Nos dias de hoje, embora ainda rígido, no treinamento os alunos encontram liberdade para perguntas e discursos saudáveis, e um professor bem preparado pode expressar a teoria implícita em determinado exercício ou técnica mostrada.
Usando as ciências, como por exemplo a Biomecânica e Cinesiologia, pode-se mostrar o “porquê” de uma postura ou movimento, e como deve este ser feito para melhor desempenho do golpe, evitando o desperdício de energia. Com a Anatomia e Fisiologia, esclarece-se o efeito de um golpe
em um determinado local do corpo; com a Física mostra-se as leis da natureza de uma forma aplicada, como por exemplo a força centrifuga e centrípeta, atração gravitacional, ação e reação, contração e expansão... Ou seja, arte marcial é uma ciência, e sempre foi!
Se eu perguntar ao leitor desse texto porque praticaria artes marciais, a sua resposta poderia ser “para me defender”, “preciso perder uns quilinhos”, “quero melhorar minha flexibilidade” ou “meu sistema cardio-respiratório”, etc.... ótimo, mas tudo isso é conseqüência da prática. Porém, se você tiver que aprender todas aquelas técnicas de golpes, chutes, alavanca, esquiva, salto, rolamento, arremesso, etc., você na certa responderia que isso se aprende com o tempo. Exatamente! Volto a dizer: isso tudo é conseqüência! Você poderá aprender milhares de técnicas e movimentos, mas não passará de um “robô”, programado a fazer tudo isso. Todavia, no Taijutsu, o treinamento não se limita à simples prática de técnicas ou exercícios físicos, mas trazem o mais importante, não somente para a prática marcial, mas para qualquer atividade da
vida, que é o Tairyôshin (consciência corporal).
Dessa maneira, o corpo se organiza, e tudo fica muito mais fácil. Não podemos mudar nossa própria natureza, ou melhorar nossa constituição, através de uma simples atitude voluntária consciente, mas podemos resgatar nosso conteúdo original. Somos seres de um potencial enorme, e não sabemos usufruir dele, por não termos consciência de nós mesmos. Podemos, através do Tairyôshin, nos tornar mais íntimos de nosso corpo, saindo do caminho de regressão física que o ser humano se encontra.
Vejamos algumas seções importantes dentro do treinamento:

Respiração e Mentalização

É sabido que podemos ficar semanas sem comer e dias sem beber, mas apenas alguns minutos sem respirar, o que mostra a importância da respiração. Reeducando nosso modo de respirar, mudamos o trabalho do cérebro e ganhamos o controle sobre o sistema imunológico e a saúde mental. Através da mentalização (imagem mental), que resulta na tensão inconsciente dos músculos apropriados e na concentração, o sangue carregado chega até um lugar designado, promovendo a saúde e o bem estar geral, podendo inclusive ter efeitos mais profundos, em nível orgânico, hormonal, psíquico e energético.

Tonicidade

A tonicidade trabalha no relaxamento e distonia da musculatura. O objetivo da prática é fazer com que possamos usar as atividades dos músculos sem desperdícios, aprendendo a relaxá-los e tencioná-los quando necessário, mantendo o corpo desbloqueado.

Flexibilidade e força

“Quando o homem nasce ele é flexível e mole, morto ele é rígido e duro”.
Nos exercícios do Taijutsu (Jûnan Taisô), trabalhamos sobre dois tipos de músculos:
Fracos – São fortalecidos através de exercícios repetitivos, com rápidas contrações e relaxamentos ;

Retesados – Tornam-se mais flexíveis, através de exercícios de estiramento relaxado, mantendo a postura, alongando determinados grupos e articulações, enquanto se relaxam outros.
A força é produzida através da flexibilidade e exercícios naturais. Os músculos e articulações são exercitados para acentuar suas qualidades e força natural, sem exageros.

Equilíbrio e centralização

É semelhante à arquitetura de uma casa, em que, dentre todo o conjunto de cômodos, existe sempre uma área que se torna o centro, atraindo toda a energia e direcionando todas as atividades. Manter o corpo equilibrado significa ter uma boa postura “dos pés à cabeça”. Os exercícios reeducam nossa postura, para manter-nos em nosso “eixo”, que não é somente físico,
mas também mental e espiritual.

Coordenação motora e psicomotricidade

É a qualidade que está intimamente ligada à nossa capacidade física e mental, permitindo-nos assumir a consciência e a execução, levando à integração progressiva de aquisições, favorecendo a uma ação dos diversos grupos musculares na seqüência de movimentos, com o máximo de eficiência e economia. Atua também nas inter-relações harmônicas, que constituem a unidade do ser humano e sua convivência com os demais.

Postura

Quando falamos da postura de uma pessoa, logo pensamos em sua forma estética. Na prática do Taijutsu, os exercícios são destinados tanto à reeducação da postura externa quanto da interna. A postura de “adultos independentes” nos afasta da “criança” que carregamos dentro de nós, limitando-nos fisicamente. Na prática do Taijutsu, ter uma coluna flexível e saudável é fundamental, colaborando com a prevenção de muitas doenças.

Noção espacial

O Taijutsu é muitas vezes chamado de “A arte da distância”. Um mestre que domina seu espaço jamais será derrotado. A prática traz, com o tempo, essa noção de espaço, que acreditamos já dominar, mas estamos longe disso!

Estimulo sensitivo

“A maioria não vive, é vivenciado pelos acontecimentos”.
O cotidiano, juntamente com a falta de movimento (exercícios) nos torna seres robóticos e insensíveis. Os exercícios de estímulo sensitivo, juntamente com a gradativa reeducação e conscientização corporal, nos transformam em seres mais sensíveis aos pequenos sinais do corpo e gestos da vida, melhorando não somente os sentidos básicos, mas indo além deles.

Sentimento

Somos seres bipolarizados, integramos sempre “os dois lados da moeda”. Porém, queremos sempre viver o lado “claro” e ignorar o lado “escuro”, que existe e faz parte do universo que nos cerca. É impossível eliminar os sentimentos considerados ruins (medo, raiva, egoísmo, ansiedade, etc.) pois fazem parte importante de nosso íntimo. Devemos, sim, ser mais sensíveis
para aceitar, controlar e equilibrar nossos sentimentos.

Auto-observação

Ao desenvolvermos uma maior consciência de nosso corpo, com a prática dos exercícios, nos tornamos auto-observadores, tendo uma maior intimidade, percebendo e aceitando os sutis sinais que nosso corpo nos envia, nos policiando melhor e prevenindo os males à saúde.

Matéria da revista Fighter Magazine

Junan Taisô e Tairyôshin


O Junan Taisô (exercício de flexibilidade) contribui para conferir a habilidade e a sensibilidade necessárias para a prática segura do Taijutsu.

Através daquele, é obtida força exercitando os músculos e articulações, com o objetivo de acentuar sua flexibilidade e elasticidade naturalmente, sem exagero ou esforço demasiado, evitando assim eventuais distensões.

O Junan Taisô, juntamente com uma dieta equilibrada, proporciona um corpo flexível e forte, melhorando a saúde geral de forma natural, até mesmo em pessoas com idade avançada.

O Junan Taisô utiliza, entre outras técnicas, o Shin Kokyu Hô (técnicas de respiração profunda), Keikomae Zenshin Anma (massagem em todo o corpo antes do início do treino), Ryutai Undo Happô (oito maneiras de exercitar o “corpo dragão” - o termo Happô está relacionado a oito determinadas partes do corpo).

A prática auxilia no desenvolvimento da musculatura, da seguinte forma:

• Musculatura fraca – através de vigorosos exercícios repetitivos, os músculos enfraquecidos
pela falta de treino serão contraídos e relaxados de forma sistemática, levados a uma fadiga local ou geral, resultando em seu enrijecimento e fortalecimento;
• Musculatura retesada – torna-se mais flexível através de extensão relaxada, similar ao Yoga, que é caracterizada por postura sustentada durante um determinado tempo.

Juntamente com o ensino do Junan Taisô, o autor da presente obra ministra também, em sua escola (Urawaza Dôjô) o Tairyôshin (consciência corporal), método por ele desenvolvido como resultado da prática junto ao seu mestre, Sensei Rashid, que, por sua vez, é criador de um método denominado “Moco” (Movement Concept).

Segundo a máxima Ninja, o corpo é um manancial infinito de sabedoria. Assim sendo, o Tairyôshin tem como objetivo principal reeducá-lo, auxiliando a redescoberta do potencial natural deste, vindo, por conseqüência, a expandir a mente e a melhorar expressivamente a qualidade de vida do praticante.

Única academia na Baixada Santista




Inaugurado em 1986 pelo SENSEI Iraquiano INGO TALEB RASHID, o URAWAZA DÔJÔ foi a primeira academia do Brasil a transmitir os ensinamentos da NINPÔ TAIJUTSU.

Infelizmente até os dias atuais é a única academia da BAIXADA SANTISTA responsável pela prática e divulgação dos ensinamentos dessas tradições , dessa forma o Sensei Roberto Alves se empenha para divulgar e desenvolver ainda mais nosso trabalho .

URAWAZA BUGEIKAI

Av. Pedro Lessa, 1890 - Embaré - Santos

Ingo Taleb Rashid "Meu mestre"


Sensei Rashid nasceu no dia 02 de maio de 1963, no Iraque. Estudou na universidade de Munique, graduando-se em teatro, também estudou jornalismo e ciências políticas.
Muito jovem, ainda nos anos setenta, recebeu os ensinamentos da tradição da ordem de Naqshbandi Sufi (Ordem islâmica composta por onze princípios espirituais ensinados pelo Profeta Muhammad), primeiro de seu avô Septi Galib Taleb Rashid, e depois de seu pai Galib Achmed Taleb Rashid, ambos Sheikh (professores) da tradição Naqshbandi.
Iniciou-se muito cedo no aprendizado das artes marciais, tendo começado seus treinos de Judô com a idade de oito anos, praticando de 1972 a 1979 e entre 1981e 1982 em Bagdá, no Iraque. Por ocasião do início de seus treinos, por intermédio de seu Sensei de Judô, conheceu Itaro Toda Sensei, aluno direto do mestre Takamatsu, com o qual veio a aprender parte dos ensinamentos de Ninjutsu¸ no período de 72 a 75. Esse contato inicial despertou seu interesse por esta arte, culminando com sua viagem ao Japão, onde permaneceu durante os anos de 1984 e 1985, na localidade de Noda-shi. Ali, recebeu ensinamentos “diretamente da fonte”, de Hatsumi Sensei.
Em 1988, foi treinar com o Sensei Doron Navon em Tel Aviv, em Israel, que o instruiu em Ninjutsu e no método Feldenkreis, durante mais de dois anos.
Rashid Sensei foi também amigo pessoal de Imi Litchtenfeld, criador do sistema israelense de defesa pessoal denominado Krav Maga, de quem adquiriu grande conhecimento. Treinou também Capoeira, tendo visitado o Brasil em inúmeras oportunidades, desde o ano de1989, quando esteve pela primeira vez no país, treinando durante seis meses com o Mestre Gato, em Salvador/BA.
O conhecimento de Ninjutsu abriu alguns caminhos para o Sensei Rashid, permitindo que este trabalhasse como dublê em produções cinematográficas.
Sensei Rashid é, ainda, criador de um sistema denominado Movement Concept – Moco (conceito do movimento), que tem como objetivo otimizar o intelecto e o potencial físico do ser humano, auxiliando também no desenvolvimento espiritual.
Atualmente, viaja pelo mundo estudando as artes marciais e transmitindo seus conhecimentos.
Devido a uma série de contratempos, não foi possível para Sensei Rashid ter um número muito grande de alunos, tendo deixado apenas um adepto formado, o professor Roberto Alves, autor da presente obra, que se empenha em divulgar, desenvolver e dar continuidade ao seu trabalho.