sábado, 20 de outubro de 2007

Progresso do treinamento


Há determinadas etapas que o novo adepto deve passar, ao iniciar a prática do Taijutsu. Inicialmente, trabalha e “organiza” seu corpo com exercícios, preparando-se assim para iniciar a técnica do Kihon (fundamento, que será praticado para sempre, em qualquer nível técnico). Dominando a base, o praticante passará a preparar-se para assimilar as técnicas seguintes, adaptando-as à sua personalidade e particularidades físicas.

As etapas seguintes podem ser comparadas ao Godai (os cinco elementos da natureza, de acordo com a filosofia oriental):

1. Chi (Terra) – É a etapa que se concentra no desenvolvimento estrutural, trabalhando a base (Kihon) e Kamae (posturas). A atenção, nessa fase, é voltada à maneira como o corpo “responde”, e qual a sua capacidade. No principiante, isso é mostrado através de seu nível de dificuldade de Sabaki (esquivar-se) de um ataque.

2. Sui (Água) – Nessa etapa, é observada a capacidade de Sabaki, bem como a confiança na aplicação do Kihon. Maior atenção é dada à resposta do praticante à ação de seu atacante, com destaque à aplicação de defesa angular e contra-ataque.

3. Ka (Fogo) – Nessa fase é observada a habilidade de direcionar totalmente a energia ao combate, com controle e eficácia. Esta habilidade é manifestada pelo adepto pela tomada de iniciativa, adiantando-se no ataque.

4. Fu (Vento) – A habilidade observada nessa etapa é a facilidade para controlar o centro de energia relativo a cada situação de combate, e também a habilidade de dominar o oponente com
movimentos “fluidos” e evasivos. A habilidade do vento consiste, em outras palavras, em aproveitar os melhores momentos de ataque, mantendo-se ao mesmo tempo fora de alcance.

5. Ku (Vazio) – Para chegar nessa fase o praticante deve obrigatoriamente ter total domínio das quatro etapas anteriores, além de já ter atingido o Sanshin (estado de harmonia entre corpo, mente e espírito). A partir daí, são treinados o domínio do Shiki (consciência) e Ki (energia); é o momento do praticante encontrar seu próprio “mestre interior”.

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